Avaliar a viabilidade econômica e ecológica do uso de plantios de enriquecimento de espécies madeireiras e frutíferas como forma de viabilizar a restauração de fragmentos florestais degradados na Amazônia Oriental. Boa parte da cobertura florestal remanescente de Paragominas é constituída de matas residuais e, embora os proprietários rurais sejam obrigados a manter essas florestas como Reserva Legal, elas continuam sendo degradadas em função da falta de estímulos econômicos para protegê-las contra fatores de distúrbios, já que elas não mais possuem estoques comerciais de madeira. Assim, o enriquecimento com espécies madeireiras e frutíferas pode devolver o valor econômico dessas matas e estimular sua devida proteção pelos proprietários rurais, permitindo a continuidade da sucessão secundária e, por fim, a conservação pelo uso.
Os plantios de enriquecimento foram testados em matas residuais com dossel mais aberto e mais fechado, adotando-se um conjunto específico de espécies para cada tipo de floresta. Foram implantadas parcelas de 200 x 200 m (4 ha), contendo 1 espécie por parcela, bem como foram sempre mantidas parcelas controle (sem plantios de enriquecimento) para avaliação dos potenciais impactos do plantio, manutenção e colheita. As espécies madeireiras foram plantadas em espaçamento 8 x 8 m e as espécies frutíferas em espaçamento 4 x 8 m. As faixas de enriquecimento foram abertas com 2 metros de largura na floresta, a cada 8 m, em sentido leste-oeste. Nessas faixas, foi realizado um desbaste de liberação de copas, com base no corte de toda árvore indesejada presente na faixa. Foram implantadas até o momento 90 parcelas experimentais, totalizando 360 ha e 1.800 km lineares de enriquecimento.
Custos de implantação e manutenção, sobrevivência e crescimento inicial, efeito da abertura do dossel no estabelecimento.