Modelos de restauração da Mata Atlântica para uso múltiplo da floresta

Localização
Itu-SP – Centro de Experimentos Florestais da Fundação SOS Mata Atlântica – Brasil Kirin. Trata-se de uma propriedade rural onde já foram recuperados, a partir de 2007, cerca de 350 ha de florestas nativas em pastagens de braquiária, na qual vários estudos e pesquisas em restauração florestal têm sido conduzidos.
Início
2012
Equipe
Prof. Pedro Brancalion (LASTROP), Prof. Ricardo Ribeiro Rodrigues (LERF/ESALQ), Dr. André Nave (BioFlora) e Ludmila Pugliese (Fundação SOS Mata Atlântica).
Apoio
CNPq, FAPESP e Fundação SOS Mata Atlântica

Objetivo

Testar a viabilidade econômica e ecológica do uso de consórcios de espécies nativas diversas com espécies exóticas e nativas para o uso múltiplo de florestas em restauração (madeira, fruta, látex e palmito). Nossa proposta é desenvolver métodos de restauração, principalmente da Reserva Legal e de áreas de baixa aptidão agrícola, que sejam atrativos aos mais diversos tipos de proprietários rurais, demonstrando as oportunidades de retorno financeiro da restauração florestal e sustentando cientificamente a orientação de políticas públicas, como as baseadas no novo Código Florestal.

Descrição do Experimento

Foram implantados dois experimentos. O primeiro focou no plantio consorciado de espécies nativas com espécies arbóreas para produção de madeira (nativas diversas de madeira média e final, canafístula e mogno-africano) e para produção de látex (seringueira). O segundo avaliou o plantio consorciado de espécies nativas com espécies produtoras de frutas (lichia e maracujá-doce), amêndoas (macadâmia) e palmito (pupunha). Em ambos os experimentos, foram realizados plantios puros das espécies comerciais, visando avaliar o impacto do cultivo consorciado com árvores nativas na produtividade potencial da cultura, e plantios convencionais de restauração florestal, visando avaliar como o plantio e exploração de espécies para uso múltiplo interfere na sustentabilidade ecológica das áreas em processo de restauração. Cada um dos experimentos foi composto então por 5 tratamentos (4 espécies comerciais + plantio de restauração convencional) + plantios puros das espécies comerciais, com 4 repetições cada. Cada parcela experimental tinha 40 m comprimento x 45 m largura (1.800 m2), totalizando 3,6 ha para cada experimento. Considerando ainda as parcelas de plantio puro, cada experimento ocupou cerca de 5 ha, totalizando 10 ha de área total de experimentos. Foram usadas em cada tratamento 40 espécies florestais nativas.

Avaliações em Andamento

Custos de implantação e manutenção, cobertura de gramíneas, estruturação do dossel, crescimento das espécies nativas e comerciais, regeneração de espécies nativas. 

Galeria

LASTROP - ESALQ / USP - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz